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Relação entre câncer e a alimentação

O excesso de peso causa diversas modificações no organismo: inflamação, desregulação dos hormônios, aumento da insulina

Por Rafael Coelho06/02/23 às 06H00 atualizado em 06/02/23 às 06H00

Alimentação e o câncer são tópicos ligados de diferentes formas. Neste sentido, a ligação mais forte entre a nutrição e o câncer está na relação com a obesidade. Estima-se que entre 40% 50% dos pacientes oncológicos são obesos. O excesso de peso causa diversas modificações no organismo: inflamação, desregulação dos hormônios, aumento da insulina. 

Conforme estudo publicado no periódico Current Oncology Reports os pacientes com IMC dentro da faixa considerada normal têm menos chances de virem a óbito. Já o aumento de 5 kg/m² no IMC representa o acrescento de 10% na mortalidade por câncer. 

Outros fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer, em relação à alimentação, temos:

  • Consumo excessivo de carne vermelha
  • Falta de ingestão de alimentos fibrosos, como a aveia
  • Excesso de álcool
  • Substâncias com alto índice de sódio
  • Uso de comida processada e ultraprocessada

Claro, que a questão alimentar não é o único indício para o desenvolvimento do câncer: temos as questões genéticas, exposição à radiação solar, inalação de produtos químicos, problemas hormonais, tabagismo e o sedentarismo. 

Gordura no fígado 

Uma dieta rica em alimentos industrializados, rica em açúcar, gordura, frutose artificial e sódio, podem acarretar o aparecimento de gordura no fígado, principalmente, se atrelada a uma vida sedentária, sem a prática de exercício físico. Para melhorar ou prevenir esse quadro, é importante consumir itens ricos em nutrientes.

 

 

A esteatose hepática é a gordura no fígado - Foto: Divulgação

Para o professor do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UniFG)Crístenes Melo, é importante consumir grãos, alimentos integrais, carnes brancas, gorduras monoinsaturadas e proteínas de fonte vegetal.  

“Abacate, peixes, castanhas, azeite, grão de bico, lentilha, feijão, ervilha, legumes, verduras e frutas. Ou seja, optar por uma comida in natura, descascar mais e desembalar menos”, ensina.

Quem tem o quadro de gordura no fígado, a esteatose hepática, deve consumir um cardápio correspondente a necessidade energética diária, com uma alimentação rica em nutrientes.  

“Os mesmos itens que funcionam para prevenção, vão atuar super bem em quem tem o diagnóstico. É importante mudar o estilo de vida, beber bastante água, se exercitar, ter momentos de lazer e descanso como prioridade. A atividade física pode ser uma caminhada, um esporte preferido e até musculação para liberação do hormônio da felicidade, a serotonina. E também ter boas noites de sono, por isso, indico o consumo de kiwi, aveia, leite, banana que tem triptofano, um aminoácido que estimula a melatonina, o hormônio do sono”, finaliza. 

 

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